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  • Justiça Libera Fazendeiro Que Ameaçou Lula Com Tiro


  • Suspeito teria dito na quarta-feira (2) em um bar que "daria um tiro" na barriga do presidente

O fazendeiro Arilson Strapasson, que foi preso pela Polícia Federal em Santarém, oeste do Pará, após denúncia de que teria ameaçado dar um tiro na barriga do presidente Lula, conseguiu a liberdade provisória nesta sexta-feira (4).

Ele participou de uma audiência de custódia na sede da Justiça Federal em Santarém, acompanhado por seu advogado Renato Martins.

A juíza Mônica Guimarães, que presidiu a audiência, determinou como medida cautelar que o fazendeiro não se aproxim

e de Alter do Chão, um balneário localizado a cerca de 37 km da zona urbana de Santarém, pelos próximos 10 dias. Essa restrição foi estabelecida devido à visita do presidente Lula à região, que ocorre neste fim de semana.

Arilson tem casas em Alter do Chão e na região do Chapadão, ambos alvos de busca e apreensão realizadas na manhã desta sexta-feira.

De acordo com o advogado Renato Martins, o fazendeiro, que mora no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, não deve retornar para lá por enquanto.

Segundo o advogado, a Justiça entendeu que não havia motivos para manter a prisão de Arilson, uma vez que não houve comprovação de que ele tenha realmente feito a ameaça de atirar no presidente.

O que ocorreu foi uma denúncia que será investigada. Agora, aguarda-se a comunicação da Justiça ao Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura para que Arilson Strapasson seja solto.

Fazendeiro que ameaçou dar tiro no presidente Lula é solto pela justiça em Santarém — Foto: Reprodução

Denúncia

De acordo com as informações, o suspeito teria dito que "daria um tiro" na barriga do presidente e perguntou aos presentes se sabiam onde Lula se hospedaria quando chegasse à cidade, na segunda-feira (7), antes da Cúpula da Amazônia.

Após a denúncia, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso. O suspeito foi localizado e, ao ser abordado pelos policiais, admitiu ter participado dos atos golpistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro, inclusive invadindo o Salão Verde da Câmara dos Deputados.

O suspeito pode ser enquadrado nos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos.